quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Na serra

Abri os olhos e vi a névoa lá fora, atrás dos vidros da janela imensa.
Eram seis da manhã.
A névoa tomava a paisagem como se tudo, árvores, plantas, insetos, pedras, houvessem sido tragados por um branco de sonho.
A casa estava deliciosamente adormecida.
Por um instante, um silêncio eterno, amplo e pastoso, habitou entre minha sonolência e a névoa.
Fecho os olhos.
Quando os abro o que vejo ainda é o branco.
Mas agora há também um pássaro que recém pousou na varanda, atrás do vidro da janela...
Acho que me disse: bom dia.